- Propiciar dados e informações e estimular o debate e a crítica da cultura cinematográfica; - Contribuir para o acesso às obras cinematográficas marginalizadas; - Movimentar idéias e operar em movimento; - Reunir participantes ativos e não apenas espectadores passivos; - Trabalhar para que seu público nunca saia de cartaz.
Bonifácio Boaventura chega do interior para receber a casa que herdou e descobre que seu quinhão não passa de 13 cadeiras. Desapontado, vende os móveis e só depois descobre a verdade: sua verdadeira herança é uma fortuna em dinheiro, escondida no estofado de uma das cadeiras.
Roteiro:Arnaldo de Farias/Nelson Pereira dos Santos
Gênero: drama
Rio, 40 graus é um filme brasileiro de 1955, com roteiro e direção de Nelson Pereira dos Santos.
É considerada a obra inspiradora do cinema novo, movimento estético e cultural que pretendia mostrar a realidade brasileira. O filme foi censurado pelos militares, que o consideraram uma grande mentira. Segundo o censor e chefe de polícia da época, "a média da temperatura do Rio nunca passou dos 39,6°C".
O filme é um semi-documentário sobre pessoas do Rio de Janeiro e acompanha um dia na vida de cinco garotos de uma favela que, num domingo tipicamente carioca e de sol escaldante, vendem amendoim em Copacabana, no Pão de Açúcar e no Maracanã.
* Roberto Battaglin.... Pedro
* Glauce Rocha.... Rosa
* Jece Valadão.... Miro
* Ana Beatriz.... Maria Helena
* Modesto de Souza.... o proprietário da terra
* Cláudia Morena.... Alice
* Ivone Miranda
* Antônio Novais
* Jackson de Souza
* Sady Cabral
* Mauro Mendonça.... turista italiano no Pão de Açúcar
Rio, 40 Graus
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 19 de março de 1978
Os 23 anos que separam a realização de "Rio, 40 Graus"- iniciado em 1954 e somente lançado em 55, em meio de imensa dificuldade (inclusive sua tentativa de proibição, até pelo chefe de polícia do então Distrito Federal) - nada mais fizeram do que valorizar este filme-marco do Cinema Nacional. Ao contrário do que acontece com tantos filmes, que envelhecem prematuramente, não resistindo a uma revisão, o filme de Nelson Pereira dos Santos somente ganhou com o passar do tempo. Raras vezes um filme conseguiu absorver, panoramicamente, tão bem uma cidade, seu povo, seus dramas.
Quando "Rio 40 Graus" foi realizado, dentro de um esquema quase que amadoristicamente, sem recursos de produção, o neo-realismo italiano estava no auge. E, como Vittorio de Sicca (1902-1976) havia feito 6 anos antes, no clássico "Ladrões de Bicicletas", Dos Santos foi buscar no povo, em rosto anônimos da multidão - no caso os meninos vendedores de amendoim - o fio condutor dos vários personagens, intercalado em rápidos tablauxs, aspectos vários do Rio de Janeiro - caracteristicamente dos anos 50, mas que permanecem, com (ou mais) atualidade ainda: a vida na favela, a Escola de Samba, a corrupção política, a exploração dos jogadores de futebol, a doméstica do Interior engravidade, enfim todo um painel da maior densidade humana. Planejado como parte de uma trilogia - que só teria, infelizmente, uma segunda parte ("Rio, Zona Norte", 1957), "Rio 40 Graus" é o filme de referência mais obrigatória quando se fala em Cinema Brasileiro. Infelizmente, por razões não explicadas, a Embrafilmes o excluiu da mostra "Nosso Cinema - 80 Anos" (assim como também foi esquecido "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha), de forma que se fosse agora a chance oferecida pela Cinemateca do MAM-RJ, o público mais jovem não teria oportunidade de conhecer esta obra indispensável do CB (hoje, às 20h30m, haverá uma nova exibição, na sala Arnaldo Fontana do Museu Guido Viaro).
A partir da primeira imagem - uma vista aérea do Rio de Janeiro, Nelson define o espírito aberto de sua obra: um filme da cidade feita com o seu povo. E, partindo da vida no morro do Cabuçu, Nelson estruturou toda uma visão humana, transcorrida num domingo: os personagens se encontram e desencontram, percorrem a cidade, buscam o lazer, o amor, o trabalho. São seres extraordinariamente simples e humildes, personagens que permanecem na retina do espectador com a mesma dorça dos melhores momentos dos clássicos filmes de Vittorio De Sicca ou Pietro Germi. Só que brasileiríssimas, em suas e sofrimentos verde-amarelos - numa visão social e triste que, infelizmente, pouco mudou passadas duas década. "Rio 40 Graus" é tema para todo um ensaio, tão grande é a sua beleza e importância dentro da história do CN. Conhecê-lo - ou revê-lo, para os que, em 1955, não o tinham visto no Cine Avenida, onde teve uma única semana de exibição (e nunca mais foi reprisado) - é uma oportunidade de ouro. Pois, ao lado de "Deus e o Diabo", "Vidas Secas", do mesmo NPS, "Os Fuzis", de Ruy Guerra, "São Paulo S/A" de Luís Sérgio Person e "A Flor da Pele" de Francisco Ramalho Júnior, está entre os mais altos momentos da criatividade de nosso cinema.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Apresenta nesta segunda, 10 de Maio de 2010 Na sequência do ciclo “Que País é Este?”
Um dos filmes mais importantes do cinema brasileiro, O Cangaceiro narra as aventuras do bando do Capitão Galdino Ferreira (Milton Ribeiro). Num ataque a uma cidade, professora (Marisa Prado) é capturada pelos cangaceiros e feita prisioneira. Mas ela se apaixona por um deles (Alberto Ruschel) e, após uma festa no acampamento, os dois resolvem fugir. Logo Galdino inicia uma perseguição sem tréguas aos fugitivos.
Título original: O Cangaceiro Gênero: Ação/Drama Duração: 105 min. Lançamento (Brasil): 1953 Direção: Lima Barreto Roteiro: Lima Barreto Produção: Cid Leite da Silva Música: Gabriel Migliori Fotografia: Chick Fowle Figurino: Caribé e Pierino Massenzi Edição: Giuseppe Baldacconi , Lúcio Braun e Oswald Hafenrichter
Elenco: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Adoniran Barbosa, Lima Barreto, Caribe, Zé do Norte, Galileu Garcia, entre outros.
Grupo de Cineclubistas do Centro Cineclubista de São Paulo que se reunem na sede deste à Rua Augusta, 1239, Conjuntos 13 e 14 - Fone 55 - 11 - 3214 3906 - cineclube.baixa.augusta@gmail.com